segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ògun

Ogum (em yoruba: Ògún) é, na mitologia yoruba, o orixá ferreiro, senhor dos metais. O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura, e para a guerra. Na África seu culto é restrito aos homens, e existiam templos em Ondo, Ekiti e Oyo. Era o filho mais velho de Oduduwa, o fundador de Ifé, identificado no jogo do merindilogun pelos odu etaogunda, odi e obeogunda.

Ogum é considerado o primeiro dos orixás a descer do Orun (o céu), para o Aiye (a Terra), após a criação, visando uma futura vida humana. Em comemoração a tal acontecimento, um de seus vários nomes é Oriki ou Osin Imole, que significa o "primeiro orixá a vir para a Terra".

Ogum foi provavelmente a primeira divindade cultuada pelos povos yorubá da África Ocidental. Acredita-se que ele tenha wo ile sun, que significa "afundar na terra e não morrer", em um lugar chamado 'Ire-Ekiti'.

É também chamado por Ògún, Ogoun, Gu, Ogou, Ogun e Oggún. Sua primeira aparição na mitologia foi como um caçador chamado Tobe Ode. É considerado o orixá ferreiro, Senhor dos metais, responsável por forjar suas próprias ferramentas, tanto para a caça como para a agricultura e para a guerra. Na África seu culto é restrito aos homens, existiam templos os estados de Ondo, Ekiti e Oyo.

É filho de Oduduwa e Yembo, irmão de Xangô, Oxossi, Oxun e Eleggua. Ogum é o filho mais velho de Odudua, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Odudua esteve temporariamente cego, Ogum tornou-se seu regente em Ifé.

Ogum é um orixá importantíssimo na África e no Brasil. Sua origem, de acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o último imolé.

Os Igba Imolé eram os duzentos deuses da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos deuses da esquerda.

Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.

O guerreiro

Era um guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros estados e apossou-se da cidade de Irê, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oníìré, "Rei de Irê". Tem semelhança com o vodum Gu.


Ogum era o filho predileto de Odudua; essa preferência devia-se à sua abnegação, pois, quando estava construindo o mundo, esparramando terra com sua espada de cristal para formar os continentes, a mesma partiu-se; mas ele não desanimou e voltou para continuar o trabalho com sua espada de ferro. Essa afinidade fica evidente quando Odudua vem ao mundo e é amparado e escoltado por Ogum nas festas grandes nos terreiros. A primeira cidade que Ogum construiu foi Irê, deixando seu filho na chefia do governo, em seguida partiu para fundar ou conquistar outras cidades. Muito tempo depois, ele retornou, mas teve a impressão de que ninguém o reconheceu e ficou colérico. Naquele dia, por fatal coincidência, acontecia uma cerimônia onde não era permitido falar, o que teria causado a Ogum a Impressão de que o estavam desprezando. Uma outra lenda afirma que ele não teria reconhecido a cidade que fundara, tratando a população como inimiga. Enfurecido Ogum foi dizimando a todos. Mais, tarde, quando seu filho pôde falar com ele, então percebeu o erro, mas já era tarde demais. O guerreiro ficou tão arrependido que preferiu morrer. Assim, ele baixou sua espada em direção ao chão e, da mesma maneira que a utilizara para destruir seus inimigos, com um gesto violento abriu um grande buraco no chão e afundou terra adentro. Esta emoção, somada à força do guerreiro, transformou Ogum num Orixá. Ògun é o Orixá guerreiro da Nação Nagô, defende as leis e a ordem, representa todas as batalhas da vida humana, na luta pelo dia-a-dia, está presente em tudo aquilo em que é preciso lutar para se alcançar a vitória.

Com Ogum os homens aprenderam a manufacturar o ferro e o aço, a Ogum pertence o "obé" - a faca utilizada para os sacrifícios

Saudação: Ogunhê
Dia da Semana: Segunda-feira para Ogum Avagã, Quinta-feira para os demais
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Vermelho x Verde em geral ou para algumas casa de nagô azul escuro, podendo acompanhar vermelho ou amarelo dependendo da qualidade do ogum.
Guia: Vermelho e Verde escuros ou azul marinho ou azul marinho com vermelho ou amarelo
Oferenda: Pipoca, Farinha de mandioca mistura com dendê e costela de gado assada
Qualidade:
Ògún Avagã ou Ògún Olode = Ligado ao Bará seu assetnamento dica do lado de fora do templo, geralmente na frente da casa, é o Ògún dos caçadores. Solitário. (cor verde escuro e vermelho escuro = 1 x1)
Ògún Meje = É o mais velho de todos os oguns, raiz dos outros, Ògún completo, geralmente recebe oferendas em campos como lado de fora de cemitérios ou encruzilhadas. (cor 7 azul escuro e 1 vermelha)
Ôgúnjá = é um Ògún, como indica seu nome, particularmente combativo. (cor 7 azul escuro e 1 branca)
Ògún Ajàká = é o "verdadeiro Ògún guerreiro", sanguinário. (cor azul escuro)
Ògún Lebede (Alagbede) = é o Ògún dos ferreiros, marido de Yémánjá e pai de Ògún Akoro. (7 azul escuro e 1 verde)
Ògún Akoró = é o irmão de Òṣṣòsi, ligado a floresta. (cor azulão)
Ògún Oniré ou Onira = é o título do filho do Ògún que reinou sobre Iré, o dono de Iré, primeiro filho de Odúduwà. (cor 7 azulão e 1 verde)
Adjiolaiá = Ògún que faz juntó com òṣún. (cor 7 azulão e 1 amarela, ou toda azulão)


Ferramentas: Alicate, espada, faca, bigorna, búzios, moedas, martelo, tenaz, lança, ferradura, entre outros
Ave: Galo prateado(penas pretas e brancas)
Quatro pé: Cabrito malhado
Sete folhas mais utilizada para Ogum: Iji opé, Ida orixá, Atoribé, Okiká, Ojusaju, Peregun, Ewurô

O - O Ògún orun odò wá má kóni èle, abògún wá onà ijó wá jà bá mi o!
R - O Ògún orun odò wá má kóni èle, abògún wá onà ijó wá jà bá mi o!

Um comentário:

  1. A História dos Orixás são muito importante para os adeptos dos cultos e dos Terreiros de nagô

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