quarta-feira, 30 de setembro de 2009

CULTO AOS EGUNGUNS


O Culto à Egun ou Egungun veio da África junto com os Orixás trazidos pelos escravos. Era um culto muito fechado, secreto mesmo, mais que o dos Orixás por cultuarem os mortos.
O Egun é a morte que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele "nasce" através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos ojé (sacerdotes) munidos de um instrumento invocatório, um bastão chamado ixan, que, quando tocado na terra por três vezes e acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a "morte se torne vida", e o Egungun ancestral individualizado está de novo "vivo".


A primeira referência do Culto de Egun no Brasil segundo Juana Elbein dos Santos foram duas linhas escritas por Nina Rodrigues, refere-se a 1896, mas existem evidências de terreiros de Egun fundados por africanos no começo do século XIX.
A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos Orixás, em que o transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungun simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito.

Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça formando uma grande massa de panos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente — característica de Egun, chamada de séégí ou sé, e que está relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimerê na Nigéria .


Nas casas de Egungun a hierarquia é patriarcal, só homens podem ser iniciados no cargo de Ojé ou Babá Ojé como são chamados, essa hierarquia é muito rígida, apesar de existirem cargos femininos para outras funções, uma mulher jamais será iniciada para esse cargo.
Masculinos: Alapini (Sacerdote Supremo, Chefe dos alagbás), Alagbá (Chefe de um terreiro), Atokun (guia de Egum), Ojê agbá (ojê ancião), Ojê (iniciado com ritos completos), Amuixan (iniciado com ritos incompletos), Alagbê (tocador de atabaque). Alguns oiê dos ojê agbá: Baxorun, Ojê ladê, Exorun, Faboun, Ojé labi, Alaran, Ojenira, Akere, Ogogo, Olopondá.


Femininos: Iyalode (responde pelo grupo feminino perante os homens), Iyá egbé (cabeça de todas as mulheres), Iyá monde (comanda as ató e fala com os Babá), Iyá erelu (cabeça das cantadoras), erelu (cantadora), Iyá agan (recruta e ensina as ató), ató (adoradora de Egun). Outros oiê: Iyale alabá, Iyá kekere, Iyá monyoyó, Iyá elemaxó, Iyá moro.
Os terreiros de Candomblé possuem um local apropriado de adoração do espirito de seus mortos ilustres, esse local é denominado de Ilê ibo aku, casa de adoração aos mortos, enfim todos iniciados no culto aos Orixás.

Os Esa são considerados os ancestrais coletivos dos afro-brasileiros. Seu culto se refere à comunidade em geral. O que destaca o Esa é o fato dele ter-se destacado em vida por servir a comunidade e de continuar atuando em outro plano, contribuindo para o bom desenvolvimento do destino dos fiéis e da casa. O Ilê ibo aku onde são assentados e cultuados os Esa é afastado do templo onde são cultuados os Orixás.

EGUNS CULTO AO ACESTRAL- Baba Egungun


EGUNS CULTO AO ACESTRAL

Baba Egungun ou Egun ou até mais conhecido como Egum é um ancestre ( relatiavamente é um ou vários membros de nossa família que desencarnaram).

Na Nigéria, o culto a Egungun está relacionado aos ancestrais. O povo Yoruba acredita nesta energia porque entendem que não existiria o presente e o futuro, sem a existência do passado. O culto é um dos mais difundidos em toda a população Yoruba. Na Nigéria são quase 30 milhões de pessoas que cultuam Egungun. Para se ter uma idéia da força desta energia, na Nigéria os três orixás mais cultuados são Exu, Ogun e Egungun.
Egungun é considerado orixá - ele é a única energia que dá ao homem condições de ser venerado depois de sua morte, dependendo do histórico da vida da mesma.
O culto a Egungun é altamente mágico e secreto, por isso os Olojés (pessoas que tem o poder de manipular a energia de Egungun) são respeitadíssimos. Todas as pessoas podem se beneficiar da energia de Egungun para solucionar problemas no amor, trabalho, saúde, espiritualidade, etc.

No Brasil o culto não é difundido como na Nigéria e apesar dos equívocos de alguns pais e mães de santo, na Ilha de Itaparica, existe o culto de Egungun considerado parecido ao da Nigéria. Em Itaparica o culto é totalmente secreto, talvez esse o motivo de não se ter mutilado através dos tempos, da escravidão aos tempos de hoje. O culto é equivocado no Brasil pois muitas pessoas dizem que Egun é energia negativa, e isso não é verdade.

O que falta, talvez para as pessoas do Brasil, seria informações sobre Egungun. O povo Yoruba acredita em reencarnação, pois Egungun está interligando vida e morte: assim que uma criança nasce, eles fazem todo um procedimento para saber o destino da criança, manipulam oráculos, ou então pedem a ajuda de babalawo que através de ifá, sabem se a criança é uma encarnação de algum antepassado. Constatando-se o fato, é feito o ritual de ikomojade, onde a criança terá um nome e é apresentada para a comunidade com uma festa.

Este ritual de ikomojade é feito dessa maneira: para o menino só depois de sete dias de vida e a menina após nove dias. O nome é muito importante para os Yoruba.

Se os babalawo, ao consultarem o oráculo, constatam que a criança é uma reencarnação de um antepassado, determinam o nome de babatunde (para meninos) e iyabode (para meninas). Esses nomes são utilizados no caso de reencarnação dos avós. Existem outros nomes que são dados dependendo do que for analisado pelo oráculo, trazendo sorte ao destino da pessoa:

Egun = Babaegun (uma coisa só) = Energia positiva

Oku orun (cidadão do orun) = Energia positiva

Oku (espírito sem procedência) = Energia negativa
VEJA AQUI ALGUNS NOMES DE EGUN, EGUM OU EGUNGUN

BÁBÀ ABICURE

ARÁSOJÚ

ALOJADE

BÁBÀ OJÚIRE

NILEKÉ

BÁBÀ AFERAN

DAN ORÚN

OMIODO

OJUINÃ

ONIRE

BÁBÀ YAO

ONILA

OKIM

NILÁ

ILEKÉ

BÁBÀ XIGUIDI

BABÁ AJALÁ


AJALÁ

Ajalá é o oleiro primordial. A parte de Oxalá responsável pela criação física dos homens, por seu corpo, sua cabeça (onde vive Ori). Ele representa o aspecto mais orgânico do ser humano; o tipo de barro, de maior ou menor qualidade, mais ou menos cozido (o que implica maior ou menor número de problemas), mais claro ou escuro. Ajalá mistura ao barro folhas, frutas, minérios, sangues e uma série de materiais que determinam como será aquela pessoa, como Ori poderá agir nela. Estes ingredientes, com o tempo perdem o axé (energia) e precisam ser, de vez em quando, repostos, o que é feito nos rituais de candomblé, entre eles a iniciação.


Diz um dos mitos que Ajalá foi incumbido de moldar as cabeças dos homens com a lama do fundo dos rios e outros elementos da natureza. Ele moldava as cabeças e as punha para assar em seu forno. Ajalá tinha, contudo, o hábito de embriagar-se enquanto cozia o barro e criou muitas cabeças defeituosas, queimando algumas e deixando outras com o barro cru. A causa dos problemas que muitas pessoas apresentam antes de serem iniciadas viria exatamente de um ori cru, ou queimado, ou mal proporcionado feito durante alguma bebedeira de Ajalá. Como os orixás não gostam de cabeças ruins, a pessoa ficaria desprotegida, sem a energia do orixá. Depois que Ajalá terminava de fazer os oris (cabeças) Obatalá soprava nelas e lhes dava eni, a vida.

YAMIMXORONGÁ


Ìyàmì Òsòróngà "A Mãe Ancestral Universal".

Na liturgia tradicional Yoruba a que deu origem a Afro-brasileira, a Mãe Universal é denominada como a própria Terra-Negra, consequentemente possuindo vários nomes referentes a seus vários aspectos, não só dentro do âmbito natural como também dentro de vários âmbitos religiosos Yorubà. Um de seus títulos mais respeitado é ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ, nome que é cultuada na "Sociedade Òsòróngà".


Já na sociedade Òrìsà onde é cultuada primordialmente junto com ÒÒRÌSÀNLÀ-ÒBÁTÁLÀ, principalmente por ser o âmbito que ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ entra ritualmente no contexto feminino na interação com o oposto através de tudo que é Branco, se relacionando intimamente no culto da cabaça de Efun, atuando como um significante complemento na formação do Par universal e sobrenatural, ou seja, a união dos opostos refletida numa visão da união de ÒÒRÌSÀNLÀ como o esposo mítico da grande Mãe Òrìsà ÌYÀMÌ-NLÀ, renomeada necessariamente com o nome de ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ onde é primordialmente proprietária da cor vermelha, cor símbolo da vida, fonte de energia, poder sobrenatural, vivacidade, crescimento, dinamismo, movimento, possibilidade, sensibilidade, fertilidade.

Somente após a união ritual do branco com o vermelho, os quais unidos ritualmente são aspecto rituais capazes de dar existência à algo, tanto espiritual quanto físico, ou seja, a única forma de se fazer nascer ritualmente a força de um determinado Òrìsà no culto e principalmente numa cabeça de Yawo, como também expressam a forma de união dos gêneros (macho e fêmea) presidindo o nascimento de seres físicos no planeta.

O que é preciso distinguir sobre o nome ÒSÒRÓNGÀ, que é nada mais nada menos, que uma Sociedade executora de rituais aos ancestrais, onde ÌYÀMÌ encabeça como a matriarca das IYÁ-MI (minhas mães), ou seja, tanto Òrìsà’s Obirin (fêmeas) quanto os espíritos das Mães remotas e recentemente desencarnadas (Egungun feminino), cultuadas num complexo de ascensão a feminilidade, onde o homem principalmente tem seu precioso desempenho, administrando as foças femininas, num outro tipo de interação dos opostos, agora força sobrenatural feminina somada a força física masculina, ato precioso para ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ, que abençoa os homens com fecundidade através de Òòrìsà’nlà.

No culto chamado Awo-Funfun, ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ é conhecida como a Mãe vermelha, onde necessariamente é mantida com esse mesmo nome, estruturalmente cultuada como esposa mítica de ÒÒRÌSÀNLÀ-ÒBÁTÁLÀ, onde entre muitos títulos classificados funfun’s (primordiais) é também chamada de IYEMOWO (mãe que possibilita dinheiro à suas filhas), ou seja, os búzios, elemento este símbolo da riqueza e ancestralidade de todas as Iyagbas, pertencendo primordialmente a Bàbáluàiyé o Òrìsà que possibilita riquezas matérias. Este fato é comprovado na iniciação de um Yawo seja à ÌYÀMÌ ou IYEMONJA, quando irrevogavelmente tanto em pequenos ou grandes rituais, seus Elegun’s saem à público com suas roupas Vermelha ou Branca completamente cobertas de Aje ( Búzios), num pedido único de riqueza seguidamente expressando a antigüidade desse Supremo Òrìsà feminino, seja qual for seu aspecto.
Dizer que ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ não é um Òrìsà, ou dizer que Ela simplesmente não tem iniciação num culto próprio, é indiscutivelmente incorrer numa enorme falta de conhecimento referente a ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ.

OKÔ

Okô
Orixá Okô era filho de Iemanjá e Obatalá. Quando o mundo foi criado, ainda não existia nada plantado. Aqui morava um homem que nada fazia. Este homem se chamava Oko, o nome que ele tinha recebido do grande criador. Um dia, Olorum chamou este velho e lhe disse: - Olha, eu criei o mundo, porém, faltam as plantações, e eu não sei com fazê-las, como plantar. Você vai ser incumbido desta tarefa.

Oko ficou sentado no chão, pensando:Que grande incumbência Olorum me deu! O que eu vou fazer? Pensou, pensou, e aí se lembrou de que nas suas andanças pelas estradas tinha encontrado uma palmeira, e que embaixo dessa palmeira sempre tinha uns molequinho. Esse moleque era muito sapeca e muito sagaz, com um corpo bem reluzente. Ele estava sempre com um pedaço de pau mexendo na terra.


Oko se lembrou de que um dia ele perguntou a esse rapazinho:- Que estás a fazer?E o rapaz lhe respondeu:Você não sabe que a terra mexida e plantada dá frutos? Plantada como? – perguntou Oko. - É... A gente arruma semente, e tudo isso...- Como arruma semente, se ainda não existe arvore, não existe nada? – interrompeu Oko.


O molequinho lhe disse:- Olhe que prá Olorum nada é difícil! Oko ficou admirado com as palavras daqueles molequinho. Quando Olorum lhe deu essa empreitada, ele logo se lembrou de molequinho. Voltou ao mesmo lugar e encontrou o molequinho sentado embaixo da palmeira, cavando terra. O buraco já estava maior, e daquele buraco já estava saindo uma terra mais avermelhada. Oko perguntou ao menino:- Porque esta terra está saindo mais vermelha?- É sinal de que algo de diferente existe nas profundezas da terra.


Você vê que eu estou cavando e aqui em cima a terra é mais seca; agora, esta outra parte, é mais molhada, e agora já está saindo uma parte mais densa, mais dura – respondeu o menino, mostrando a terra a Oko. - Continue a cavar – falou OkO. Mas enquanto o menino estava cavando, a madeirazinha que ele estava usando quebrou.


Ele aí pelejou, esfregou no chão, e fez uma ponta na madeira. O menino estava descobrindo naquele momento uma ferramenta na hora em que ele raspou a madeira no chão. E com ela ele recomeçou a cavar juntos e tiraram uma lasca dessa terra, que era a pedra. Oko disse:- Vamos fazer algo para a gente cavar a terra. Vamos ver se conseguimos qualquer coisa com aquela lasca de pedra.O molequinho continuou a trabalhar e Oko lhe disse:


- Eu vou me embora, você veja se sozinho consegue pensar em algo mais útil para nós trabalharmos.E foi embora, foi embora, foi embora. Foi andando e matutando pelo caminho.No outro dia quando Oko voltou, o molequinho estava com o fogo aceso e com vários pedaços daquela pedra de fogo. Quando o moleque fez aquele fogo, ele fez também um canal saindo de dentro do fogo.


No que as tais pedras iam de derretendo iam escorrendo e o menino ia formando lâminas. Assim foi criado o ferro. E sabe quem era esse molequinho? Era Ogum, o criador do ferro. Daí em diante, Orixá Oko, o grande rezador e plantador, com suas idéias sobre plantação, colheita e lavoura , e Ogum, com as suas ferramentas para ajudar a cavar a terra, o arado, o machado, a foice e a enxada, continuaram a trabalhar juntos nas plantações que têm grande importância na criação do mundo.

ÁJÊ XALUGA


AJÉ SALUGA
Ajê Salugá é a irmã mais nova de Yemoja. Ambas são as filhas prediletas de Olokun. Quando a imensidão das águas foi criada, Olokun dividiu os mares com suas filhas e cada uma reinou numa diferente região do oceano. Ajê Salugá ganhou o poder sobre as marés. Eram nove as filhas de Olokun e por isso se diz que são nove as Iyemojas.


Dizem que Iyemoja é a mais velha Olokun e que Ajê Salugá é a Olokun caçula, mas de fato ambas são irmãs apenas. Olokun deu às suas filhas os mares e também todo o segredo que há neles. Mas nenhuma delas conhece os segredos todos, que são os segredos de Olokun. Ajê Salugá era, porém, menina muito curiosa e sempre ia bisbilhotar em todos os mares. Quando Olokun saía para o mundo, Ajê Xalugá fazia subir a maré e ia atrás cavalgando sobre as ondas.

Ia disfarçada sobre as ondas, na forma de espuma borbulhante. Tão intenso e atrativo era tal brilho que às vezes cegava as pessoas que olhavam. Um dia Olokun disse à sua filha caçula: "O que dás para os outros tu também terás, serás vista pelos outros como te mostrares. Este será o teu segredo, mas sabe que qualquer segredo é sempre perigoso".


Na próxima vez que Ajê Salugá saiu nas ondas, acompanhando, disfarçada, as andanças de Olokun,Seu brilho era ainda bem maior, porque maior era seu orgulho, agora detentora do segredo.Muitos homens e mulheres olhavam admirados o brilho intenso das ondas do mar e cada um com o brilho ficou cego.Sim, o seu poder cegava os homens e as mulheres.

Mas quando Ajê Salugá também perdeu a visão, ela entendeu o sentido do segredo.Iyemoja está sempre com ela, Quando sai para passear nas ondas. Ela é a irmã mais nova de Iyemoja. Nós não conhecíamos os poderes de Aina, hoje revelados!" Disposto a serví-la, colocou-lhe o nome de Anabi ou Ainayi, que em Yoruba quer dizer: Aina vomita, Aina deu toda riqueza a Fá Ayidogun.

ORUMILÁ - IFÁ - Orunmila


Orumilá /Ifá
A importância de Orumilá é tão grande que chegamos a concluir que se um homem fizer algum tipo de pedido ao todo poderoso Olorum (Deus, o Senhor dos Céus), esse pedido só poderá chegar até Ele através de Orumilá e/ou Exú, que são somente eles dois dentre todos os Orixá os que têm a permissão, o poder e o livre acesso concedido pôr Olorum de estar junto a Ele, quando assim for necessário.


Ainda vale ressaltar que somente Orumilá e Exú possuem para si um culto individual, onde são feitos adorações totalmente específicas para os mesmos, também são eles os únicos que podem possuir para somente o seu culto um sacerdote específico. Isso só é possível pôr causa dos poderes delegados pelo todo poderoso a eles, pois os demais Orixá são totalmente dependentes de Ifá e Exú, enquanto que eles não dependem de nenhum dos Orixás para desenvolverem sua própria evolução, ou seja, o culto à Ifá e Exú não dependem do culto aos Orixá, entretanto o culto aos Orixá dependem totalmente de Ifá e Exú.


Orumilá é o senhor dos destinos, é quem rege os o plano onírico (sonhos), é aquele que tudo sabe e tudo vê em todos os mundos que estão sob a tutela de Olorum, ele sabe tudo sobre o passado, o presente e o futuro de todos habitantes da Terra e do Céu, é o regente responsável e detentor dos oráculos, foi quem acompanhou Odudua na criação e fundação de Ilé Ìfé, é normalmente chamado em suas preces de: Elérí Ìpín - "o testemunho de Deus'' Ibìkéjì Olódúmarè - "o vice de Deus" Gbàiyégbòrún - "aquele que está no céu e na terra" Òpitan Ìfé - "o historiador de Ìfé"Acredita-se que Olorum passou e confiou de maneira especial toda a sabedoria e conhecimento possível, imaginável e existente entre todos os mundos habitados e não habitados à Orumilá, fazendo com que desta forma o tornasse seu representante em qualquer lugar que estivesse.

No Terra Olorum fez com que Orumilá participasse da criação da terra e do homem, fez com que ele auxiliasse o homem a resolver seus problemas do dia a dia, também fez com que ajudasse o homem a encontrar o caminho e o destino ideal de seu orì. No Céu lhe ensinou todos os conhecimentos básicos e complementares referente todos os Orixá, pois criou um elo de dependência de todos perante Orumilá, todos devem consultá-lo para resolver diversos problemas, com pôr exemplo, a vinda de Oxalá à terra para efetuar a criação de tudo aquilo que teria vida na mesma, porém o grande Orixá não seguiu as orientações prescritas pôr Ifá, e não conseguiu cumprir com sua obrigação caindo nas travessuras aplicadas pôr Exú, ficando esta missão pôr conta de Odudua.

Também Orumilá fala e representa de maneira completa e geral todos os Orixás, auxiliando pôr exemplo, um consulente no que ele deve fazer para agradar ou satisfazer um determinado Orixá, obtendo desta forma um resultado satisfatório para o Orixá e para o consulente.

Orumilá sabe e conhece o destino de todos os homens e de tudo o que têm vida em nosso mundo, pois ele está presente no ato da criação do homem e sua vinda a terra, e é neste exato instante que Ifá determina os destinos e os caminhos a serem cumpridos pôr aquele determinado espírito. É pôr isso que Orumilá tem as respostas para toda e qualquer pergunta lhe é feita, e que ele têm a solução para todo e qualquer problema que lhe é apresentado, e é pôr esta razão que ele têm o remédio para todas as doenças que lhe forem apresentadas, pôr mais impossível que pareça ser a sua cura.

Todos nós deveríamos consultar Ifá antes de tomarmos qualquer atitude e decisão em nossas vidas, com certeza iríamos errar menos, os Iorubás consultam Ifá antes de tomarem qualquer decisão, com pôr exemplo, antes de um casamento, antes de um noivado, antes do nascimento e até mesmo na hora de dar o nome a criança, antes da conclusão de um negócio, antes de uma viagem, etc.Além disto tudo, Orumilá é também quem tem a vida e a morte em suas mãos, pois ele é a energia que esta mais atuante e mais próxima de Olorum, podendo ele ser a única entidade que tem poderes para suplicar, pedir ou implorar a mudança do destino de uma pessoa.

Não é Orixá, encontra-se num plano mítico e simbólico superior ao dos outros orixás. Se Olorum é o ser supremo dos Iorubás, o nome que dão ao Absoluto, Orumilá é a sua emanação mais transcendente, mais distanciada dos acontecimentos do mundo sub-lunar.Na tradição de Ifé é o primeiro companheiro e "Chefe Conselheiro" de Odudua quando da sua chegada à Ifé. Outras fontes dizem que ele estava instalado em um lugar chamado Òkè Igèti antes de vir fixar-se em Òkè Itase, uma colina em Ifé onde mora Àràbà, a mais alta autoridade em matéria de adivinhação, pelo sistema chamado Ifá.

É também chamado Àgbónmìrégún ou Èlà. É o testemunho do destino das pessoas.Os babalaôs (pais do segredo), são os porta vozes de Orumilá. A iniciação de um babalaô não comporta a perda momentânea de consciência que acompanha a dos orixás. É uma iniciação totalmente intelectual. Ele deve passar um longo período de aprendizagem, de conhecimentos precisos, em que a memória, principalmente, entra em jogo.

Precisa aprender uma quantidades de Itans (histórias) e de lendas antigas, classificadas nos duzentos e cinqüenta e seis odú (signos de Ifá), cujo conjunto forma uma espécie de enciclopédia oral dos conhecimentos do povo de língua Iorubá.Cada indivíduo nasce ligado a um Odu, que dá a conhecer sua identidade profunda, servindo-lhe de guia por toda vida, revelando-lhe o Orixá particular, ao qual deverá ser eventualmente dedicado. Ifá é sempre consultado em caso de dúvida, antes de decisões importantes, nos momentos difíceis da vida.

OXAGUIAN / OXOGUIAN



OXAGUIÃ

Oxaguiã, também é conhecido como Ajagunã, é o conflito que antecede a paz; a revolução que antecede as transformações profundas; a instabilidade necessária ao dinamismo da vida e da sociedade e a busca do conhecimento. Por isso é compreendido como Oxalá moço, enquanto a paz, a tranqüilidade, a estabilidade, a sabedoria são compreendidos como Oxalá velho, Oxalufã. Ele é também guerreiro, e sente prazer em destruir para que o novo se estabeleça.

Um dos mitos diz que Oxaguiã nasceu apenas de Obatalá. Não teve mãe. Nasceu dentro de uma concha de caramujo. E quando nasceu, não tinha cabeça, por isso perambulava pelo mundo, sem sentido. Um dia encontrou Ori numa estrada e este lhe deu uma cabeça feita de inhame pilado, branca. Apesar de feliz com sua cabeça, ela esquentava muito, e quando esquentava Oxaguiã criava mais conflitos. E sofria muito. Foi quando um dia encontrou Iku (a morte), que lhe ofereceu uma cabeça fria. Apesar do medo que sentia, o calor era insuportável, e ele acabou aceitando a cabeça preta que a morte lhe deu. Mas essa cabeça era dolorida e fria demais. Oxaguiã ficou triste, porque a morte, com sua frieza, estava o tempo todo acompanhando o orixá. Foi então que Ogum apareceu e deu sua espada para Oxaguiã, que espantou Iku. Ogum também tentou arrancar a cabeça preta de cima da cabeça de inhame, mas tanto apertou que as duas se fundiram e Oxaguiã ficou com a cabeça azul, agora equilibrada e sem problemas.

A partir deste dia ele e Ogum andam juntos transformando o mundo. Oxaguiã depositando o conflito de idéias e valores que mudam o mundo e Ogum fornecendo os meios para a transformação, seja a tecnologia ou a guerra.

Dia da semana: sexta-feira
Cores: branco e azul
Número: 4
Comida: inhame pilado
Saudação: Exeuê, babá! Epa Babá!
F0lhas: capeba, saião, eucalípto.
Odu regente: Ejionile

LOGUN - Logun edé


LOGUN-EDÉ

Logun-Edé, chamado geralmente apenas de Logun, é o ponto de encontro entre os rios e as florestas, as barrancas, beiras de rios, e também o vapor fino sobre as lagoas, que se espalha nos dias quentes pelas florestas. Logun representa o encontro de natureza distintas sem que ambas percam suas características. É filho de Oxossi com Oxum, dos quais herdou as características. Assim, tornou-se o amado, doce e respeitado príncipe das matas e dos rios, e tudo que alimenta os homens, como as plantas, peixes e outros animais, sendo considerado então o dono da riqueza e da beleza masculina. Tem a astúcia dos caçadores e a paciência dos pescadores como principais virtudes.

Dizem os mitos que sendo Oxossi e Ogum extremamente vaidosos, não puderam viver juntos, pois competiam pelo prestígio e admiração das pessoas e terminaram separando-se. Ficou combinado entre eles que Logun-Edé viveria seis meses nas águas dos rios com Oxum e seis meses nas matas, com seu pai Oxossi. Ambos ensinariam a Logun a natureza dos seus domínios. Ele seria poderoso e rico, além de belo.

No entanto, o hábito da espreita aprendido com seu pai, fez com que, um dia, curioso a respeito da beleza do corpo de sua mãe, de que tanto se falava nos reinos das águas, Logun-Edé vestindo-se de mulher fosse espiá-la no banho. Como Oxum estivesse vivendo seu romance com Xangô, tio de Logun, e Xangô tivesse exigido como condição do casamento que ela se livrasse de Logun, Oxum aproveitou a oportunidade para punir Logun com sua transformação num orixá meji (hermafrodita) e abandona-lo na beira do rio. Iansã o encontra, e fascinada pela beleza da criança leva Logun para casa onde, juntamente com Ogum, passa a cria-lo e educa-lo.

Com Ogum, Logun-Edé aprendeu a arte da guerra e da forja, e com Iansã, o amor a liberdade. Diz o mito que Logun tinha tudo, menos o amor das mulheres, pois mesmo Iansã, quando roubada de Ogum por Xangô, abandona Logun com seu tio, criando assim um profundo antagonismo entre Xangô e Logun, já que por duas vezes Xangô lhe tira a mãe.

Em outro episódio Logun vai brincar nas águas revoltas (a deusa Obá, também esposa de Xangô) e esta tenta mata-lo como vingança contra Oxum que lhe fizera uma enorme falsidade. Oxum, vendo em seu jogo de búzios o que estava sucedendo com seu filho abandonado, pede a Orunmilá que o salve e este, que sempre atendia às preces da filha de Oxalá, faz uma oferenda a Obá que permite então que os pescadores salvem Logun-Edé, encarregando-o de proteger, a partir daquele dia,os pescadores, as navegações pelos rios e todos os que vivessem à beira das águas doces.

Logun nunca se casou, devido ao seu caráter infantil e hermafrodita, e sua companhia predileta é Ewá, que também vive, como ele, solitária e no limite de dois mundos diferentes.

Dia da semana: quinta-feira

Cores: Azul e amarelo

Símbolo: Ofá (arco e flecha) e Abebê (espelho de mão)

Número: 3

Comida: milho e coco e

Saudação: Loci loci, Logun!

Ervas do Orixa Oxossi


Ervas do Orixa Oxossi - Ososi / Oxossi Ewe Orixa.

Ervas dos Orixas – Ewe Orixa Oxossi.
Este ditado yoruba diz que:
Ko si ewe Ko si orixa,
Tradução: sem folha não há Orixá

Ervas Orixa Oxossi e Algumas de suas Ervas, ewe, folhas, plantas utilizadas dentro do culto Yoruba como o Candomblé, os Olossain, culto a Ifá, etc...
Folhas – Ervas de Oxossi

São Gonçalinho – Ewe Alékesi
Jasmim-manga – Ewe iteté
Caiçara - Ewe Ode Kósún
Carraoucho beiço-de-boi – Ewe ódé
Milho - Ewe agbad

Espada de São Jorge – Ewe ida Orixa
Bredo – Ewe teté

Cantiga da Folha Ewe tété:

Teté ko ma té ô,
Ta ni só Onilé,
Teté ko ma té ô,
Ta ni só Onilé,
Eron ko mara ô

OXOSSI


Oxossi, Osòsi ou Odé. Orixá cultuado no candomble e Umbanda tido com um dos mais caçadores dos orixas.

Oxossi é filho de Iemonjá com Orunmila. É a divinização da floresta, reinando sobre o verde, sobre os animais selvagens, dos quais é considerado o dono e dos quais tem todas as virtudes. Oxossi é sagaz como o leopardo, forte como o leão, leve como o pássaro, silencioso como o tigre, observador como a coruja. Sabe se esconder como um tatu, é vaidoso como um pavão, corre como os coelhos, sobe em árvores como macacos, conhece os animais profundamente e com eles partilha o conhecimento da natureza.

Dizem os mitos que aprendeu a caçar com seu irmão Ogun, quando este lhe deu as pontas de flechas e, mais tarde, a espingarda. A essência de Oxossi é “atingir um objetivo”. Fixar o alvo e atingi-lo. Alimentar a família. Oxossi sempre foi o responsável por alimentar a família. É considerado o orixá que dá de comer às pessoas, pois sob seus domínios estão os animais e os vegetais. Assim, invoca-se a energia de Oxossi quando se quer encontrar algo ou atingir algum objetivo e para prover sustento (moral ou físico) durante as jornadas.

Invoca-se Oxossi, o patrono da natureza, quando se quer encontrar remédios para certos males, embora seja necessário pedir para Ossain que o remédio faça efeito. Ogum assim o fez, mas como Oxossi relutasse em voltar ao lar, e ao voltar desfeiteasse sua mãe, esta o proibiu de viver dentro da casa, deixando-o ao relento. Como havia prometido ao irmão ser sempre seu companheiro, Ogum foi viver também do lado de fora da casa.

Oxossi tornou-se o melhor dos caçadores e diz o mito que foi ele quem livrou Araketu, sua cidade, de um grande feitiço das perigosíssimas ajés (feiticeiras africanas) Iyami Osorongá, que se transformam em pássaros e atacam as pessoas e cidades com doença e miséria.

Tendo uma das feiticeiras pousado sobre o palácio do rei do Ketu e os demais caçadores do reino perdido todas as suas flechas tentando mata-la, Oxossi, com apenas uma, deu cabo do perigoso pássaro, tendo sido conclamado o rei do Ketu. Pede-se a Oxossi, portanto que destrua feitiços ou energias maléficas.

Um dia, enquanto caçava elefantes para retirar-lhe as presas, Oxossi encontrou e apaixonou-se por Osun, a deusa das águas doces e do ouro que repousa em seus leitos, e com ela teve um filho, Logun-Edé. Filho da floresta com as águas dos rios, Logun-Edé é considerado o orixá da riqueza e da fartura, que ambos os domínios apresentam e dos quais compartilha.



Dia da semana: terça-feira
Cores: azul e verde (azul pela relação com o ar – no lançamento das flechas – e verde pelas matas).
Símbolo: Ofá (arco e flecha)
Elemento: ar e terra
Número: 3
Comida: milho e coco
Saudação: Okê Aro, Oxossi!
folhas: espinho cheiroso, alecrin, folha da jaqueira
odu regente: obará

OXOSSI - ORIXA - Candomble


Lenda de OXOSSI QUEM FOI ESSE ORIXÁ, CULTUADO NO CANDOMBLE

Conta-se em uma lenda de Oxossi (Ososi), que na cidade de Ifé estavam em festas celebrando uma das colheitas de inhame, que era de custume na época, no acontecimento da festa a cidade foi invadida por um enorme pássaro sobre o teto do palácio do rei Oduduwa. O pássaro era maléfico e estava a mando das feiticeiras Yamim Oxorongá (senhoras dos pássaros). O rei Olofin Oduduwa querendo que o animal fosse detido e morto, o rei ordenou que chamassem os caçadores ou arqueiros.
Da cidade de Ido veio Oxotogun (Osotogun), o caçador de vinte flechas.
De More veio Oxotadota, o caçador de cinquenta felchas.
E finalmente de Iremaa veio Oxotokanxoxo (Osotokansoso), o caçador de uma flecha só.

A mãe de Oxotokanxoxo ficou com muito medo de seu filho não conseguir abater o pássaro maléfico, foi procurar ajuda de um Babalawo para que se filho tivesse sucesso na missão ordenada por Oduduwa. Lhe foi aconselhado a fazer um ebó para acalmar a ira de Yamim Eleye (minha mãe dos pássaros).
Os 3 primeiros caçadores fracassaram, mas no exato momento em que a mãe de Oxotokanxoxo oferecia a oferenda que foi acoselhada pelo babalawo, Eleye (Passaro maléfico), baixou sua guarda, e Oxotokanxoxo atirou sua única flecha atingindo-o e matando Eleye. Todos da cidade de Ifé ficaram muito felizes com o sucesso do caçador ter conseguido matar o pássaro, e todos festejaram alegres e cantando gritando “Osowusi!” (Oxowuxi), que depois de muito tempo acabou se transformando o nome para Oxossi (Ososi). Okê Arô, Arolê!!!

No Brasil pricipalmente no Candomblé, Ibualama ou Iboalamo, Inlè ou Erinlè é uma das qualidade ou um caminhos de Oxóssi, marido de Oxum Ipondá ou Iepondá, e pai de Logunedé ou Logum. Como os demais orixás Oxóssis é caçador (um Odé), rei de Ketu e usa ofá (arco e flecha), mas se veste de couro (roupas dos animais caçados) , com chapéu e chicote (erukere).

Oxóssi é o arquétipo daquele que busca ultrapassar seus limites. A curiosidade e a observação são características das pessoas consideradas filhas de Oxóssi, orixá também da alegria, da expansão, que gosta de agir à noite, como os caçadores. São faladores, ágeis e de raciocínio muito rápido.

CANTIGAS DE OGUN ORIXÁS


CANTIGAS DE XIRÊ OGUN OU ORIN = Ogum sua lenda


Saudação: Ogun yè, Ogum pataki

1 – Cantiga de Ogum:

E PÁ MI OGUN, OGUN PÁ MÊJE,

E MÊJE MIOXÊ,


2 – Cantiga de Ogum:

A PE LEJA PE LEJA,

OGUN ONIRE,


3 – Cantiga de Ogum:

E ALADE LODE KORO UN BÉLÉ,

DE AWA DE LODE KORO UN BELÉ,


4 – Cantiga de Ogum:

OGUN ONIRE ORE GUE DE,

AKORO ONIRE ORE GUE DE,

ALARE OGUN ONIRE ORE GUE DE,

OGUM ONIRE KO MO RA JO,

AKORO ONIRE O RE GUE DE,


5 – Cantiga de Ogum:

OGUN XÊ KORÊ NDÊ,

XÊ KÔRÊ,

OGUN XÊ KORÊ NDÊ,

XÊ KÔRÊ

Ervas de Ogum -

Ervas ou folhas do Orixa Ogum / Ogun Ewe Orixa, com seus nomes religiosos, e ao lado nomes pelos quais nós conhecemos.

Cantiga da Folha ou erva (Ewe) do Peregun:

Este ditado yoruba diz que:
Ko si ewe Ko si orixa,
Tradução: sem folha não há Orixá

Ervas Orixa Ogun - Ogum e algumas de suas Ervas, ewe, folhas, plantas e Cantiga utilizadas dentro do culto Yoruba como o Candomblé, os Olossain, culto a Ifá, etc...

Folhas do Orixa Ogum - Ogun

Espada de São Jorge – Ewe ida Orixa
Bredo – Ewe teté
Caruru-de-porco - Ewe teté
Capixaba - Ewe Bonokô
Goiabeira - Ewe guabá
Cajazeira - Ewe Okiká
Peregun nativo - Peregun

Cantiga da Folha ou erva (Ewe) do Peregun:
Cantiga yoruba Peregun

Peregun ala ewe ti tun ô,
Peregun ala ewe ti tun ô,
bobo peregun ala ewe lesé
Peregun ala ewe ti tun ô,

Tradação: Cantiga Peregun

Venha egun dono das folhas novas e frescas,
Venha egun dono das folhas novas e frescas,
Venha todos egun dono das folhas,
Venha egun dono das folhas novas e frescas

Ogum no Candomble - Orixas e suas qualidades


O Orixá Ogum tem TODAS LIGAÇÕES QUE SE ESTABELECEM EM DIFERENTES LUGARES, ESTRADA DE FERRO, CAMINHOS, ETC. AXÉ (FORÇA EMANADA): SENHOR DAS DEFESAS, DAS BATALHAS, DO FERRO, ETC. FERRAMENTAS: ESPADAS E PEÇAS FEITAS EM FERRO.

Alguns acreditam que Ogum era filho de Iemanjá (leia sua lenda), irmão de Oxossi (leia a sua lenda) e Exu e também irmão de Oxoguian (leia sua lenda).


OGUN 1)


2) Ogum Onire

3) Ogum Alagbede

4) Ogum

5) Ogum Omini

6) Ogum ogumWari

7) Ogum Eroto ndo

8) Ogum Akoro Onigbe

9) Ogum Já

Leia Lenda do Orixá Ogum em que Ogum mata seu inimigo:

CANTIGAS OYA - IANSA ORIXAS


CANTIGAS OU ORIN DE XIRÊ OYÁ OU IANSÃ


Saudação de Iansã ou Oyá: EPARREI, OYÁ MESSAN ORUN.

1 – Cantiga de Iansã ou Oyá:

BIRI BIRI BA AGAN LOJU OBÉ RIKOMAN MARIÔ


2 – Cantiga de Iansã ou Oyá:

Oyá tete Oya balé Oya ten te a yaba,

Oya tete, Oya ten te Oyá,


3 – Cantiga de Iansã ou Oyá:

Ta ni a pada loodo Oya, odo ho ya-ya, (bis)


4 – Cantiga de Iansã ou Oyá:

Oya Oya korro nile ati mo tum bale, (bis)


5 – Cantiga de Iansã ou Oyá:

Oyá Onile o ni geere pó ô paro ti, (bis)

Ervas do Orixa Iansa - Oya- Ewe Orixa.


Ervas do Orixa Iansã - Oyá- Ewe Orixa.

Este ditado yoruba diz que:

Ko si ewe Ko si orixa,
Tradução: sem folha não há Orixá

Ervas Orixa Oyá ou Ewe, folhas, plantas utilizadas dentro do culto Yoruba como o Candomblé, os Olossain, culto a Ifá, etc...

Folhas de Iansã ou Oyá – Ervas de Iemanja- Iansã Orixa

Para-raios – ewe mésan

Espada de Iansã – ewe ida Oyá

Balaio de velho – ewe amunimuyê

Taquaril – ewe firiri

Casuarina – ewe Oyá

Mata pasto – ewe abgolá

Cantiga da Folha Ewe Firiri:

Firiri arori o firiri atori,
A in féré imonlé,
A in sa bá babá in baró,
A in sa bá aiyaba torun,
Ojo otá fori kon
Firiri atori babá pé tun,
Firiri atori babá pé tun,

Oriki de OYÁ/ YANSÃ

Oriki de OYÁ/ IANSÃ

Ela é grande o bastante para carrega o chifre do búfalo
Oyà, que possui um marido poderoso
Mulher guerreira


Explicação: Oriki, Oriqui, Adura, Gbadura, Reza, Louvação, Louvar, Invocação, Saudação, Despertar, Acordar, etc..., normalmente utilizada no candomblé e no Culto Aos Orixás de nação (Keto, Alaketo, Engenho velho, Opojonjá, Nagô, Axé Oxumarê, Culto a Ifá, Santeria Cubana, (Los Orishas) etc... (santo, divindade, deuses, protetor, guardião, anjo da guarda, Pai de cabeça). Praticado na hora em quer for pedir, oferecer, fazer, cultuar, agradar etc.. . Vários são os termos utilizados dependendo e variando de cada tipo de culto religioso, mas que não muda muito o sentido e sim muda o dialeto utilizado (a língua).
Para maiores Informações de Como utilizar ao certo o oriki, procure seu pai de santo (Babalorixá, Yalorixá, Mameto, Tateto, Babalawo, etc..), ou estude um pouco sobre a pronuncia do dialeto yoruba que não é difícil, particularmente aprendi lendo e ouvindo sozinho, dai você pode tirar um exemplo que força de vontade é um dos principais pontos para que na hora de louvar, reverenciar o Candomblé, orixás, santos, Deuses, vodun, etc..., você pode sim fazer, e dar o melhor de si, mesmo não tendo o yoruba como uma língua nata de nosso país.
Oyà A To Iwo Efòn Gbé
Oyà Olókò Àra
Obìnrin Ogun
Obìnrin Ode
Oya Òrírì Arójú Bá Oko Kú.
Iru Èniyàn Wo Ni Oyà Yí N Se, Se?
Ibi Oya Wà, Ló Gbiná
Obìnrin Wóò Bi Eni Fó Igbá
Oyà tí awon òtá rí
Tí Won Torí Rè Da Igbá Nù Sì Igbó
Héèpà Héè, Oya ò!
Erù Re Nikan Ni Mo Nbà O
Aféfé Ikú
Obìnrin Ogun, Ti Ná Ibon Rè Ní À Ki Kún
Oyà ò, Oyà Tótó Hun!
Oyà, A P'Agbá, P'Àwo Mó Ni Kíákíá,
Kíákíá, Wéré Wéré L' Oyà Nse Ti È
A Rìn Dengbere Bíi Fúlàní
O Titi Tí Nfi Gbogbo Ará Rìn Bí Esin
Héèpà, Oya Olómo Mesan, Ibá Re Ò!

clique abaixo em Leia mais para ver a tradução

Ela é grande o bastante para carrega o chifre do búfalo
Oyà, que possui um marido poderoso
Mulher guerreira
Mulher caçadora
Oyà, a charmosa, que dispõe de coragem para morrer com seu marido.
Que tipo de pessoa é Oyà?
O local onde Oyà está, pega fogo
Mulher que se quebra ao meio como se fosse uma cabaça
Oyà foi vista por seus inimigos
E eles, assustados, fugiram atirando as bagagens no mato
Eeepa He! Oh, Oyà!
És a única pessoa que temo
Vendaval da Morte
A mulher guerreira que carrega sua arma de fogo
Oh, Oyà, à Oyà respeito e submissão!
Ela arruma suas coisas sem demora
Rapidamente Oyà faz suas coisas
Ela vagueia com elegância, como se fosse uma nômade fulani
Quando anda, sua vitalidade é como a do cavalo que trota
Eeepa Oya, que tem nove filhos, eu te saúdo!

Qualidades de Iansa - Oya - Orixas Candomblé


ansã ou Oyá (leia a lenda) Senhora dona das ventanias, Furacões. É um orixá muito adorado por todos da Religião do Candomblé, por ser uma dividande tão ativa em suas expressões, arquétipo, característica e danças.
PROTEÇÃO CONTRA EGUNS. DIAS DA SEMANA: QUARTA-FEIRA FERRAMENTAS: ESPADA EM METAL EM COR DE COBRE, IRUEXIM ; DOMÍNIO: VENTOS,TEMPESTADES,EGUNS.
OFERENDA de Iansã: ACARAJÉ

INTRODUÇÃO: YANSAN É ORIXÁ DE UM RIO, CONHECIDO COMO NÍGER, (ORIGINAL YORUBÁ = OYÁ)

Iansã - Oyà Biniká
Iansã - Oyà Seno
Iansã - Oyà Abomi
Iansã - Oyà Gunán
Iansã - Oyà Bagán
Iansã - Oyà Onìrá
Iansã - Oyà Kodun
Iansã - Oyà Maganbelle
Iansã - Oyà Yapopo
Iansã - Oyà Onisoni
Iansã - Oyà Bagbure
Iansã - Oyà Tope
Iansã - Oyà Filiaba
Iansã - Oyà Semi
Iansã - Oyà Sinsirá
Iansã - Oyà Sire clique abaixo para ver qualidade de Oyá

Oyà Gbale ou Igbale (aquela que retorna à terra) se subdividem em:
a) Oyà Gbale Funán
b) Oyà Gbale Fure
c) Oyà Gbale Guere
d) Oyà Gbale Toningbe
e) Oyà Gbale Fakarebo
f) Oyà Gbale De
g) Oyà Gbale Min
h) Oyà Gbale Lario
i) Oyà Gbale Adagangbará

CANTIGAS DE OXUM ORIXAS

Saudação de Oxum: Rorá Yeye ó, ofi de ri oman.


1 – Cantiga de OXUM:

E FIBÔ E FIBÔ LOIA Ó LÓ XUN (BIS)


2 – Cantiga de OXUM:

IA MINIBU O MIRO DO ORIXÁ OLÊ LÊ, (BIS)


3 – Cantiga de OXUM:

KEN KE OXUM OMI XORO DO,

A INA INA KEN KE OXUM OMI XORODO,

A INA INA,


4 – Cantiga de OXUM:

OXUM KARE, KARE IJEXA, (BIS)


5 – Cantiga de OXUM:

ALABAO ERU MA FÉ,

OFÉ LARIÔ,

Oriki de OXUM/OSUN

Oriki de Oxum
Oxum é uma mulher com força masculina.
Sua voz é afinada como o canto do ega.
Graciosa mãe, senhora das águas frescas.

Explicação: Oriki, Oriqui, Adura, Gbadura, Reza, Louvação, Louvar, Invocação, Saudação, Despertar, Acordar, etc..., normalmente utilizada no candomblé e no Culto Aos Orixás de nação (Keto, Alaketo, Engenho velho, Opojonjá, Nagô, Axé Oxumarê, Culto a Ifá, Santeria Cubana, (Los Orishas) etc... (santo, divindade, deuses, protetor, guardião, anjo da guarda, Pai de cabeça). Praticado na hora em quer for pedir, oferecer, fazer, cultuar, agradar etc.. . Vários são os termos utilizados dependendo e variando de cada tipo de culto religioso, mas que não muda muito o sentido e sim muda o dialeto utilizado (a língua).
Para maiores Informações de Como utilizar ao certo o oriki, procure seu pai de santo (Babalorixá, Yalorixá, Mameto, Tateto, Babalawo, etc..), ou estude um pouco sobre a pronuncia do dialeto yoruba que não é difícil, particularmente aprendi lendo e ouvindo sozinho, dai você pode tirar um exemplo que força de vontade é um dos principais pontos para que na hora de louvar, reverenciar o Candomblé, orixás, santos, Deuses, vodun, etc..., você pode sim fazer, e dar o melhor de si, mesmo não tendo o yoruba como uma língua nata de nosso país.

Vamos Juntos no Candomblé!!!

Yèyé òpàrà !
Obìnrin bí okùnrin ní Òsun
A jí sèrí bí ègà.
Yèyé olomi tútú.
Opàrà òjò bíri kalee.
Agbà obìnrin tí gbogbo ayé n'pe sìn
Ó bá Sònpònná jé pétékí.
O bá alágbára ranyanga dìde

clique abaixo em Leia mais para ver a tradução:

Yèyé Opàrà !
Oxum é uma mulher com força masculina.
Sua voz é afinada como o canto do ega.
Graciosa mãe, senhora das águas frescas.
Opàrà, que ao dançar rodopia como o vento, sem que possamos vê-la.
Senhora plena de sabedoria, que todos veneramos juntos.
Que como pétékí com Xapanã.
Que enfrenta pessoas poderosas e com sabedoria as acalma.

Ervas de Oxum ou Osun – Folhas de Oxum- Ewe Oxum Orixa


Ervas do Orixa Oxum - Osun - Ewe Orixa.

Este ditado yoruba diz que:

Ko si ewe Ko si orixa,
Tradução: sem folha não há Orixá

Ervas Orixa Oxum ou Ewe, folhas, plantas utilizadas dentro do culto Yoruba como o Candomblé, os Olossain, culto a Ifá, etc...

Folhas de Oxum ou Osun – Ervas de Oxum- Oxum Orixa

Erva-de-Santa Luzia – Ojuoró

Nenúfar – Ewe Oxibatá

Papo de Peru – Ewe Jokejé, Jokonijé

Mal me quer – Ewe banjoko

Janbu – Ewe eurepepe

Manjericão – Ewe efinrin

Cantiga da Folha Ewe Oxibatá:



Tawa ni ole xeke in awo,
Tawa ni ole xeke in a,
Oxibata un le nike omi,
Ojuoro ojuoro ke odo,
Oxibata la n oro lewa,
Le lu ale nu kre lewa, post

Qualidade de Oxum - Caminhos de Oxum Orixa


O orixá Oxum (leia a lenda) representa a fecundação. Oxum é senhora dos pássaros. Oxum foi uma das esposas preferidas de Orumilá (lenda), também se casou com Oxossi (lenda) e Mãe de Lugun Ede (lenda).

A saudação de Oxum: ORA YEYÊ O !

ADORNOS/FERRAMENTAS: ABEBÉ, UM LEQUE EM LATÃO DOURADO, IDÉ (PULSEIRAS)


DOMÍNIOS de Oxum: ÁGUAS DOCES, FONTES E CACHOEIRAS.


As cores de Oxum : AMARELO,AMARELO OURO.


AXÉ: (FORCA EMANADA): FECUNDIDADE, deusa da RIQUEZA, do AMOR.

Oferenda de Oxum: Omolocum

Conheça algumas Qualidade De Oxum ou Osun:

OXUM Abalu (a mais velha de todas)

ABALÔ (carrega ogum é uma iansã)

Jumu ou Ijimu ( a mãe de todas, estreita ligação com as Ìyámi) (clique abaixo em Leia mais)

Aboto ou Oxogbo (feminina e coquete, ajuda as mulheres terem filhos)
Apara ( a mais jovem e guerreira)

Ajagura (guerreira)

Yeye Oga (velha e enquizilada)

Yeye Petu

Yeye Kare (guerreira)

Yeye Oke (guerreira)

Yeye Onira (guerreira)

Yeye Oloko (vive nas florestas)

Yeye ponda (esposa de Oxóssi Ibualama, guerreira e porta um leque)
Yeye Merin ou Iberin (feminina e coquete)
Yeye Àyálá ou Ìyánlá (a avó, que foi mulher de Ogum )
Yeye Lokun ou Pòpòlókun (que não desce sobre a cabeça de suas filhas)
Yeye Odo (dos perdões).

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os Inkisis do Candomblé de Angola

Angorô
Também chamada de Hongolo, Hongolo Meia / Menha, deusa das águas doces e do arco-íris. É popularmente conhecida, como Angoro ou Angoroméa, associada a Oxumaré, que é cultuada no candomblé ketu. Por conta dessa aproximação que as pessoas fazem, Hongolo Meia é do sexo feminino. Sua saudação é: Ngana'Kalabasa – Angoro Lê! (Senhor do Arco Íris – Angoro, Hoje!)

Dandaluna
Conhecido é Ndanda Lunda ou Dandalunda / Kissimbi, divindade da água potável e que atua no brotar das raízes. Esta divindade sempre causou uma polêmica, porque uma boa parte dos estudiosos, como Bastide e Prandi, a associa a Iemanjá do rito ketu, enquanto a maioria dos pais/mães-de-santo a aproxima de Oxum. É mais provável que Kissimbi seja uma divindade das águas doces, como a Oxum do candomblé ketu. Seus filhos a saúdam: Mametu Maza Muzenza – “Kissimbi E”! (Oh, Mãe da água doce – Kissimbi Ê!). Saudação: Pêmbele !!

Gangazumba
Nzumba (Zumbaranda, ou ainda Ngangazumba), é a divindade que atua sobre o eclipse e as águas turvas dos pântanos, e está associada a Nanã Buruku. Os fiéis a saúdam: Mametu Ixi Onoká – Zumbarandá (Mãe da Terra Molhada, Zumbarandá!

Gogombira
Tere-Kompenso/Teleku Mpensu ou Ngongobila/Gongobira, divindade protetora dos
pescadores e caçadores. Em alguns terreiros ele está associado a Logun Edé do ketu. Sua saudação é: Mutoni kamona tere Kompenso – Muanza E! Kumenekena !! (Pescador menino Tere-Kompenso – Rio Ê!)

Inkosi
Inkosi, Nkosi/Hosi, em alguns lugares também é chamado de Mukumbi, Ngangula, Xauê. Deus da Guerra é uma divindade ligada à agricultura e protetora dos ferreiros. Alguns sacerdotes associam esse nkisi a Ogum. No entanto, não se furtam de saudá-lo por: Iuna Kubanga Mu Etu – Nkosi, Enengê!! (Aquele que briga por Nós Nkosi E)

Katendê
Katende/Mpanzu, divindade ligada aos encantos, segundo alguns sacerdotes, não se deve invocar Katendê, na língua kimbundu, e Mpanzu, na língua kikongo, porque eles não atenderão. Está associado a Ossain, divindade das folhas no candomblé ketu, embora alguns estudiosos, como Bastide e Carneiro, o aproxime de Irocô (outra divindade do candomblé ketu). Seja como for, os fiéis sempre o saúdam dessa maneira: Kisaba Kiasambuka – Katende! Ulamba!! (Folha Sagrada)

Kavungo
Kavungu, Kingongo, Insumbo/Nsumbo/Nsambo, deus protetor das pestes e doenças, e que também atua na sorte, está associado a Obaluaiê/Omulu da nação ketu. Seus filhos saúdam-no por: Tatetu Mateba Sakula Oiza – “Dixibe”! O Pai da Ráfia está chegando – Silêncio! Também conhecido em algumas regiões por Ntoto, divindade ligada à terra, não encontramos equivalente em outras nações,

Kianda
As sereias são chamadas de Kianda. Quando grafada com letra maiúscula, refere-se à seria de água salgada, a mais poderosa das kiandas, cujos caprichos ospescadores procuram aplacar com oferendas. É equivalente a Iemanjá do candomblé de kêtu. Saudação: Kiuá !!

Lemba Furaman
Talvez a mais importante divindade do panteão afro-bantu é Lembá ou Lembarenguenganga, que é ligada à fecundidade e é patrona do casamento. É uma divindade feminina e assemelha-se a Oxalá. Sua saudação é: Aximane Ngana Zambi !!

Luango
Conforme alguns sacerdotes, é auxiliar de Nzazi. Porém, para outros sacerdotes, este mesmo inkissi é auxiliar de Vunji. Vunji, deus da Justiça, que atua no nascimento das crianças. Por isso, a maioria dos sacerdotes e sacerdotisas aproximam-no aos Ibeji, que são divindades do panteão ketu. Sua saudação é: Umenekena!!, Vunji Pafundi –Vunji’e! (Vunji feliz – Bem-Vindo!)

Matamba
Divindade guerreira dona da paixão, Matamba é a rainha dos raios, dos ciclones,
furacões, tufões, vendavais. Nkisi do fogo, guerreira e poderosa. Mãe dos vumbi (mortos), guia dos espíritos desencarnados, senhora do cemitério, esta divindade está associada a Yansã na nação ketu. Sua saudação: Néngua’Mavanju – “Kíua Matamba”!(Senhora dos Ventos –Viva Matamba!). Bambulu Sena ou Mbulu Sena ou Mvula ou Bamburucema, divindade atuante nas tempestades e chuvas, pode ser considerada uma qualidade do inkissi Matamba. Já Kaiango ou Kaiong'u é uma divindade ligada aos espíritos e à caça, também da mesma família de Matamba.

Mutalambô
Outro importante nkisi é Mutakalambô, que é o deus da caça. Na mesma família temos
Kabila, que é a divindade protetora dos pastores e caçadores, e Nkongo Mbila, príncipe protetor dos pescadores e caçadores. Em muitos terreiros, inclusive da nação angola-congo, os adeptos tendem a associá-los a Oxossi. Conforme Tata Katuvanjesi estes dois jinkisi têm a função de auxiliar Mutakalambô. Sua saudação é: Ekuê !!Kabila Duilu (Kabila, Caçador dos Céus).

Nzila, Pambu Njila ou Pambu Nzila
Também conhecida como Aluvaiá, é a divindade protetora dos templos e dos caminhos, está associada ao orixá Exu. Todos o saúdam da seguinte maneira: Kuiá! Luvaiá ngana nzila-Kuia - iva (Aluvaiá, senhor dos caminhos, Viva!)

Tempo ou Kitembo
Kitembo/Tembu está associado ao orixá Irocô ou a Tempo26, deus dos ventos, e atua
na cura de doenças. Sua saudação é: Ekuê !!, Nzara Kitembo – Kitembo Io!(Glória Kitembo – Kitembo do tempo)

Zambi
Nzambi-Mpungu / Nzambi, ou simplesmente Zambi, é o deus da criação e está associado a Olorun ou Olodumaré do candomblé ketu. A respeito dessas divindades, alguns estudiosos crêem não ser muito conhecida e cultuada em todos os terreiros de candomblé angola-congo. Como, por exemplo, Ndundu (deus dos albinos) e Ngonga (divindade da prosperidade e da sorte).

Zazi
Nzazi-Loango ou Kambaranguanji é a divindade dos raios e dos trovões. Está associada a Xangô. Sua saudação é:A-ku-Menekene Usoba Nzaji (Nzaze!, Salve o Rei dos Raios – Grande Raio!).

Hierarquia na nação Kongo-Angola

Devido a dúvidas nos nomes dos cargos na nação Kongo Angola,resolvemos publicar os dados que consideramos mais confiáveis por já termos tido contato com esses nomes.Vale ressaltar que as funções estão resumidas, e que o fato de ser reponsável por uma coisa, não impede que as pessoas exerçam outras atividades na casa a gosto e ordem do Tata de Nkise, a autoridade maior na casa.

Tata Nkisi – Zelador.
Mametu Nkisi – Zeladora.
Tata Ndenge – pai pequeno.
Mametu Ndenge – Mãe pequena(há quem chame de Kota Tororó, mas não há nenhuma comprovação em dicionário, origem desconhecida).
Tata NGanga Lumbido – Ogã, guardião das chaves da casa.
Kambondos – Ogãs.
Kambondos Kisaba ou Tata Kisaba – Ogã responsável pelas folhas.
Tata Kivanda – Ogã responsável pelas matanças, pelos sacrifícios animais (mesmo que axogun).
Tata Muloji – Ogã preparador dos encantamentos com as folhas e cabaças.
Tata Mavambu – Ogã ou filho de santo que cuida da casa de exú (de preferência homem, pois mulher não deve cuidar porque mulher mestrua e só deve mexer depois da menopausa, quando não mestruar mais, portanto, pelo certo as zeladoras devem ter um homem para cuidar desta parte, mas que seja pessoa de alta confiança).
Mametu Mukamba – Cozinheira da casa, que por sua vez, deve de preferência ser uma senhora de idade e que não mestrue mais.
Mametu Ndemburo – Mãe criadeira da casa(ndemburo = runko).
Kota ou Maganga – Em outras nações EKEJI (todos os mais velhos que já passaram de 7 anos, mesmo sem dar obrigação, ou que estão presentes na casa, também são chamados de Kota).
Tata Nganga Muzambù – babalawo – pessoa preparada para jogar búzios.
Makota – ekedis confirmadas
Kutala – Herdeiro da casa.
Mona Nkisi – Filho de santo.
Mona Muhatu Wá Nkisi – Filha de santo (mulher).
Mona Diala Wá Nkisi – Filho de santo(homem).
Tata Numbi – Não rodante que trata de babá Egun(Ojé).

Sacerdotes na África
BANTU (ANGOLA-KONGO).

Kubama………………adivinhador de 1a categoria.
Tabi………………..adivinhador de 2a categoria.
Nganga-a-ngombo………adivinhador de 3a categoria.
Kimbanda…………….feiticeiro ou curandeiro.
Nganga-a-mukixi………sacerdote do culto de possessão (Angola).
Niganga-a-nikisi……..sacerdote do culto de possessão (Kongo).
Mukúa-umbanda………..sacerdote do culto de possessão (Angola-Kongo).

Divisão Sacerdotais no Brasil
Angola – língua quimbundo – Kongo – língua quicongo

Mam’etu ria mukixi……sacerdotisa no Angola.
Tat’etu ria mukixi……sacerdote no Angola.
Nengua-a-nkisi……….sacerdotisa no Kongo.
Nganga-a-nikisi………sacerdote no Kongo.
Mam’etu ndenge……….mãe pequena no Angola.
Tat’etu ndenge……….Pai pequeno no Angola.
Nengua ndumba………..mãe pequena no Kongo.
Nganga ndumba………..pai pequeno no Kongo.
Kambundo ou Kambondo….todos os homens confirmados.
Kimbanda…………….Feiticeiro, curandeiro.
Kisabas……………..pai das sagradas folhas.
Tata utala…………..pai do altar.
Kivonda……………..Sacrificador de animais (Kongo).
Kambondo poko………..sacrificador de animais (Angola).
Kuxika ia ngombe……..Tocador (kongo).
Muxiki………………tocador( Angola).
Njimbidi…………….cantador.
Kambondo mabaia………responsável pelo barracão.
Kota………………..todas as filhas mulheres após obrigação de sete anos.
Kota mbakisi…………responsável pelas divindades.
Hongolo matona……….especialista nas pinturas corporais.
Kota ambelai…………toma conta e atende aos iniciados.
Kota kididii…………toma conta de tudo mantém a paz.
Kota rifula………….responsável em preparar as comidas sagradas.
Mosoioio…………….as (os) mais antigas.
Kota maganza…………título alcançado após a obrigação de 21 anos.
Maganza……………..título dado aos iniciados.
Uandumba…………….designa a pessoa durante a fase iniciatória.
Ndumbe………………designa a pessoa não iniciada.

Oxumaré

DIA: Terça-feira

CORES: Amarelo e verde (ou preto) e todas as cores do arco-íris

SÍMBOLOS: Ebiri, serpente, círculo, bradjá.

ELEMENTOS: Céu e terra

DOMÍNIOS: Riqueza, vida longa, ciclos, movimentos constantes.

SAUDAÇÃO: A Run Boboi!!!

Oxumaré (Òsùmàrè) é o orixá de todos os movimentos, de todos os ciclos. Se um dia Oxumaré perder suas forças o mundo acabará, porque o universo é dinâmico e a Terra também se encontra em constante movimento. Imaginem só o planeta Terra sem os movimentos de translação e rotação; imaginem uma estação do ano permanente, uma noite permanente, um dia permanente. É preciso que a Terra não deixe de se movimentar, que após o dia venha a noite, que as estações do não se alterem, que o vapor das águas suba aos céus e caia novamente sobre a Terra em forma de chuva. Oxumaré não pode ser esquecido, pois o fim dos ciclos é o fim do mundo.

Oxumaré mora no céu e vem à Terra visitar-nos através do arco-íris. Ele é uma grande cobra que envolve a Terra e o céu e assegura a unidade e a renovação do universo.
Filho de Nanã Buruku, Oxumaré é originário de Mahi, no antigo Daomé, onde é conhecido como Dan. Na região de Ifé é chamado de Ajé Sàlugá, aquele que proporciona a riqueza aos homens. Teria sido um dos companheiros de Odudua por ocasião de sua chegada a Ifé.

Dizem que Oxumaré seria homem e mulher, mas, na verdade, este é mais um ciclo que ele representa: o ciclo da vida, pois da junção entre masculino e feminino é que a vida se perpetua. Oxumaré é um Orixá masculino.

Oxumaré é um deus ambíguo, duplo, que pertence à água e à terra, que é macho e fêmea. Ele exprime a união de opostos, que se atraem e proporcionam a manutenção do universo e da vida. Sintetiza a duplicidade de todo o ser: mortal (no corpo) e imortal (no espírito). Oxumaré mostra a necessidade do movimento da transformação.

Omulú é o irmão mais velho de Oxumaré, mas foi abandonado por sua mãe por ter nascido com o corpo coberto de chagas. Em tempo, não se pode condenar Nanã por esse acto, já que era um costume, quase uma obrigação ritual da época, que se abandonassem as crianças nascidas com alguma deformidade. O deus do destino disse a Nanã que ela teria outro filho, belíssimo, tão bonito quanto o arco-íris, mas que jamais ficaria junto dela. Ele viveria no alto, percorreria o mundo sem parar. Nasceu Oxumaré.

Oxumaré que fica no céu
Controla a chuva que cai sobre a terra.
Chega à floresta e respira como o vento.
Pai venha até nós para que cresçamos e tenhamos longa vida.

Características dos filhos de Oxumaré

São pessoas que tendem à renovação e à mudança. Periodicamente mudam tudo na sua vida (de maneira radical): mudam de casa, de amigos, de religião, de emprego; vivem rompendo com o passado e buscando novas alternativas para o futuro, para cumprir seu ciclo de vida: mutável, incerto, de substituições constantes.

São magras. Como as cobras possuem olhos atentos, salientes, difíceis de encarar, mas ‘não enxergam’. São pessoas que se prendem a valores materiais e adoram ostentar suas riquezas; São orgulhosas, exibicionistas, mas também generosas e desprendidas quando se trata de ajudar alguém.
Extremamente activas e ágeis, estão sempre em movimento e acção, não podem parar.

São pessoas pacientes e obstinadas na luta pelos seus objectivos e não medem sacrifícios para alcançá-los. A dualidade do orixá também se manifesta nos seus filhos, principalmente no que se refere às guinadas que dão nas suas vidas, que chegam a ser de 180 graus, indo de um extremo a outro sem a menor dificuldade. Mudam de repente da água para o vinho, assim como Oxumaré, o Grande Deus do Movimento.

Iroko

Dia da Semana: Terça-feira.

Cores: Branco, Verde (ou Cinza) e Castanho

Símbolo: Lança, Grelha

Domínios: Tempo, Vida e Morte

Saudação: Iroko I Só! Eeró!

Iroko ou Tempo, como também é conhecido, é um Orixá muito antigo. Iroko foi à primeira árvore plantada e pela qual todos os restantes Orixás desceram à Terra. Iroko é a própria representação da dimensão Tempo.

Iroko, Iroco ou Roko (do iorubá Íròkò) é um orixá cultuado no candomblé do Brasil pela nação Ketu e, como Loko, pela nação Jeje. Corresponde ao Inquice Tempo na nação Angola ou Congo.

Em todas as reuniões dos Orixás está sempre presente Iroko, calado num canto, anotando todas as decisões que implicam directamente na sua acção eterna. É um Orixá pouco conhecido dos seres vivos ou mortos, nascidos ou por nascer. Toda a criação está nos seus desígnios.
É o Orixá Iroko, implacável e inexorável, que governa o Tempo e o Espaço, que acompanha, e cobra, o cumprimento do Karma de cada um de nós, determinando o início e o fim de tudo.

Conhecido e respeitado na Mesopotâmia e Babilónia como Enki, o Leão Alado, que acompanha todos os seres do nascimento ao infinito; cultuado no Egipto como Anúbis, o deus Chacal que determina a caminhada infinita dos seres desde o nascimento até atravessar o Vale da Morte. Também venerado como Teotihacan entre os Incas e Viracocha entre os Maias como o Senhor do Início e do Fim; também presente no Panteão Grego e Romano, onde era conhecido e respeitado como Cronus, o Senhor do Tempo e do Espaço, que abriga e conduz a todos inexoravelmente ao caminho da Eternidade.

É o Tempo também das mudanças climáticas, as variações do tempo-clima. Guardião das florestas centenárias é o colectivo das árvores grandiosas, guardião da ancestralidade.

Em África, a sua morada é a árvore iroko, Milicia excelsa (antes classificada como Chlorophora excelsa), chamada “amoreira africana” na África de língua portuguesa. É uma árvore majestosa, encontrada da Serra Leoa à Tanzânia, que atinge 45 metros de altura e até 2,7 metros de diâmetro.

No Brasil, onde essa árvore não existe, diz-se que Iroko habita a gameleira branca, Ficus gomelleira ou Ficus doliaria (também chamada figueira-branca, guapoí, ibapoí, figueira-brava e gameleira-branca-de-purga). Nos terreiros, costuma-se manter uma dessas árvores como morada de Iroko, assinalada por um “ojá” (laço de pano branco) ao seu redor.

Iroko representa a ancestralidade, os nossos antepassados, pais, avós, bisavós, etc., representa também o seio da natureza, a morada dos Orixás.
Desrespeitar Iroko (a grande e suntuosa árvore) é o mesmo que desrespeitar a sua dinastia, os seus avós, o seu sangue… Iroko representa a história do Ylê (casa), assim como do seu povo… protegendo-o sempre das tempestades.

Ao contrário da maioria dos orixás, este não costuma “baixar” nas festas de santo, nem ser “feito” na cabeça dos fiéis. É reverenciado por meio de oferendas à árvore que o representa. Os animais a ele consagrados são a tartaruga e o papagaio.

Iroko é um Orixá pouco cultuado tanto no Brasil como em Portugal, e os seus filhos também são muito raros. Os seus filhos, no entanto, são sempre muito protegidos pelo seu Orixá.

Características dos filhos de Iroko

Os filhos de Iroko são tidos como eloquentes, ciumentos, camaradas, inteligentes, competentes, teimosos, turrões e generosos.

Gostam de diversão: dançar e cozinhar; comer e beber bem.

Apaixonam-se com facilidade e gostam de liderar.

Dotados de senso de justiça, são amigos queridos, mas também podem ser inimigos terríveis, no entanto, reconciliam-se facilmente.

Um defeito grande, é o facto de não conseguirem guardar segredos.

Ewá

Dia da semana: Sábado

Cores: Vermelho Vivo, Coral e Rosa

Símbolos: Ejô (cobra) e Espada, Ofá (lança ou arpão)

Elementos: Florestas, Céu Rosado, Astros e Estrelas, Água de Rios e Lagoas

Domínios: Beleza, Vidência (sensibilidade, sexto sentido), Criatividade

Saudação: Ri Ro Ewá!

O Orixá Ewá é uma bela virgem que entregou o seu corpo jovem a Xangô, marido de Oya, despertando a ira da rainha dos raios. Ewá refugiou-se nas matas inalcançáveis, sob a protecção de Oxóssi, e tornou-se uma guerreira valente e caçadora habilidosa.

As virgens contam com a protecção de Ewá e, aliás, tudo que é inexplorado conta com a sua protecção: a mata virgem, as moças virgens, rios e lagos onde não se pode nadar ou navegar. A própria Ewá, acreditam alguns, só rodaria na cabeça de mulheres virgens (o que não se pode comprovar), pois ela mesma seria uma virgem, a virgem da mata virgem dos lábios de mel.

Ewá domina a vidência, atributo que o deus de todos os oráculos, Orunmilá lhe concedeu.

Em África, o rio Yewá é a morada desta deusa, mas a sua origem gera polémica. Há quem diga que, tal como Oxumaré, Nanã, Omulú e Iroko, Ewá era cultuada inicialmente entre os Mahi, foi assimilada pelos Iorubas e inserida no seu panteão. Havia um Orixá feminino oriundo das correntes do Daomé chamado Dan. A força desse Orixá estava concentrada numa cobra que engolia a própria cauda, o que denota um sentido de perpétua continuidade da vida, pois o círculo nunca termina.

Ewá teria o mesmo significado de Dan ou uma das suas metades – A outra seria Oxumaré. Existem no entanto, os que defendem que Ewá já pertencia à mitologia Nagô, sendo originária na cidde de Abeokutá. Estes, certamente, por desconhecer o panteão Jeje – No qual o Vodun Eowa, seria o correspondente da Ewá dos Nagô -Confundem Ewá com uma qualidade de Iemanjá. Erram porque Ewá é um Orixá independente, mas a sua origem não se esclarece sequer entre os Jeje, pois em respeitados templos de Voduns se afirma que Eowa é Nagô.

Eowá foi uma cobra muito má e por isso foi mandada embora. Acabou por encontrar abrigo entre os Iorubas, que a transformaram numa cobra boa e bela, – A metade feminina de Oxumaré. Por esse motivo, Oxumaré e Ewá, em qualquer ocasião, dançam juntos.

Características dos filhos de Ewá

Pessoas de beleza exótica, diferenciam-se das demais justamente por isso. Possuem tendência a duplicidade: Em algumas ocasiões podem ser bastante simpáticas, em outras são extremamente arrogantes; às vezes aparentam ser bem mais velhas ou parecem meninas, ingénuas e puras. Apegadas à riqueza, gostam de ostentar, de roupas bonitas e vistosas, e acompanham sempre a moda, adoram elogios e galanteios.

São pessoas altamente influenciáveis, que agem conforme o ambiente e as pessoas que as cercam, assim, podem ser contidas damas da alta sociedade quando o ambiente requisitar ou mulheres populares, falantes e alegres em lugares menos sofisticados. São vivas e atentas, mas sua atenção está canalizada para determinadas pessoas ou ocasiões, o que as leva a desligar-se do resto das coisas. Isso aponta uma certa distracção e dificuldades de concentração, especialmente em actividades escolares.

Divindades

Oriṣá
Orinsalá
Obaluaê
sango
oyá
Yemonjá
osun
Esú
Ogum
Ifá
Osuaré
Ibeji
Egum
Ossayin
iroko
nanan burukun
Soponã

jeje
Mahwú / lissa
sapaktá
envioso
abé
abotó
Aziri
Odin / elegbá

obessem
hoho - to bossa
geledê
neossum
loko
anbiocô
ajagun

nkissi
lembaraganga
kajanjá
kanbaranqueje
matamba
kaitumbá
dandalunda
bombojira/aluvaiá
mucumbe
kassumbenca
angoromea
wunje
yombe
catendê
tempo
zumbarandá
kafundeji

Obá

Obá era uma mulher corajosa e guerreira, não tinha medo de nada. Não era bonita nem fazia questão de ser formosa; seu único prazer era lutar e guerrear. Vencia todos os inimigos; nem mesmo o mais arteiro dos deuses, Exu, conseguia dobra-la. Ogum vivia em Ifé e a fama de guerreira chegou ao seu reino. Antes de partir para conquistá-la, consultou o opelé-ifá e os adivinhos aconselharam-no a oferecer-lhe uma pasta feita com quiabos, água e mel. Ogum chegou e desafiou Obá, entregando-lhe também a oferenda, que ela deixou de lado, para comer depois. A luta começou e Obá dominava a situação quando Ogum correu em direção á oferenda, derrubou a guerreira em cima da pasta e a possuiu, tornando-se seu primeiro esposo. Depois disso, as únicas distrações de Oba eram comer e dormir, pois o marido não lhe permitia lutar com ninguém. Certo dia, ela estava na floresta, solitária e triste, quando Xangô se aproximou e Obá contou-lhe sua história. Ele ouviu com atenção e a convenceu de que, ele, seria diferente. Assim, Obá foi viver com Xangô. Os anos foram se passando ele foi envelhecendo; Xangô se aborrecia com suas choradeiras e lamentações. Um dia, ela teve a idéia de tentar reacender o amor do marido. Para isso, foi à cozinha pedir um conselho à rival Oxum, que com ela dividia as atenções do esposo. A esperta Oxum, que usava um pano amarrado à cabeça, inventou uma história, dizendo que conseguira conquistar a atenção do marido com um caldo feito de suas próprias orelhas; o feitiço o “amarrara” para sempre. Sem pensar, Obá cortou uma orelha e a colocou na sopa. Quando Xangô sorveu a primeira colherada, cuspiu longe o insólito ingrediente, enojado. Percebendo que caíra na armadilha de Oxum, Obá atracou-se com ela numa violenta luta física, somente interrompida pelos brados coléricos de Xangô, que as fez fugir apavoradas. Ambas se transformaram em rios que levam seus nomes, os quais, quando se encontram, formam uma confluência perigosa e agitada.
Todas as máquinas, carros e navios estão relacionados com Obá, pois a Ela pertencem a roda e o leme.

Saudação: Eṣó
Dia da Semana: Quarta-feira
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Rosa
Guia: toda rosa
Oferenda: Feijão miúdo com cangica amarela refogado com tempero verde

Qualidade:
Obá Gideo
Obá Rewá

Ferramentas: navalha, timão, roda, moedas e búzios
Ave: Galinha cinza
Quatro pé: Cabrita mocha

Osanyin

Osanyin é a divindade das folhas sagradas, ervas medicinais e litúrgicas. Sua importância é primordial. Nenhuma cerimônia pode ser realizada sem sua interferência. O seu sacerdote é o Babá Olosayin.

É o detentor do axé (força, poder, vitalidade), de que nem mesmo os Orixás podem privar-se. Esse axe encontra-se em folhas e ervas específicas. O nome dessas folhas e o seu emprego é a parte mais secreta do ritual do culto dos Orixá, Vodun e Inkice.

O símbolo de Osanyin é uma haste de ferro de cuja extremidade superior partem sete pontas dirigidas para o alto. A do centro é encimada pela imagem de um pássaro.

Osanyin é o companheiro constante de Ifá. É representado por uma sineta de ferro forjado, terminada por uma haste pontuda enfiada em uma grande semente. A haste é fincada no chão, ao lado do osun (o asen dos fon) do babalawo. Por sua presença, Osanyin traz a influência das folhas para as operações da adivinhação.

Ossaniyn, Ossaim, Ossãe, Ossain, (como se escreve habitualmente) ou Ossanha (na Umbanda) que é o Orixá das ervas, no candomblé Jeje é chamado de Agué é o Vodun da caça e das florestas e conhece os segredos das folhas, no Candomblé Bantu é chamado de Katendê, Senhor das insabas (folhas).

Comanda as folhas medicinais e litúrgicas, muitas vezes é representado com uma única perna. Cada Orixá tem a sua folha, mas só Ossaim detém seus segredos. E sem as folhas e seus segredos não há axé, portanto sem ele nenhuma cerimônia é possível.

Lenda
Era filho caçula de Iemanjá e Oxalá e, desde pequeno, vivia no mato. Tinha uma habilidade especial para tratar qualquer doença, por isso viajava pelo mundo inteiro, sendo sempre recebido com carinho pelo rei de cada tribo.
Ele recebeu de Olorum o segredo das folhas; assim, sabia qual delas curava doenças, trazia vigor ou deixava as pessoas mais calmas. Os outros Orixás invejavam o irmão, pois não tinhas esse poder e dependiam de Ossanha para ter sucesso. Ele cobrava por qualquer trabalho, aceitando mel, fumo e cachaça como pagamento para as curas que realizava. Xangô, que era temperamental, não admitia depender dos serviços de Ossanha, e por isso pediu a sua esposa Iansã, Orixá que domina os ventos, para que as folhas voassem em direção a todos os Orixás, para que cada qual exercesse domínio sobre uma delas.
Em meio à ventania, Ossanha repetia sem parar: “Eu eu assa!”, que significa “Oh, folhas!”. E com esse tipo de reza, embora cada Orixá tenha se apossado de uma filha, Ossanha evitou que seu poder fosse atribuído entre os irmãos, pois só ele conhecia o axé de cada uma delas e o segredo de pronunciar essas palavras de maneira a conservar o poder sobre elas. Com sua sabedoria, até hoje Ossanha permanece como o rei da floresta, sendo considerado o Orixá da medicina. A este Orixá pertence todas as folhas medicinais e ervas utilizadas nos rituais de Nação, por este motivo, temos um Orixá muito respeitado e cultuado em todos as Casas de Religião, podemos dizer que Ossanha possui a solução para todos os problemas relacionados a cura de enfermos, tanto material quanto espiritual. Conta uma lenda muito difundida em Cuba, que certo dia Xangô se queixa a Iansã uma de suas mulheres, que somente Ossanha possuía o segredo medicinal das ervas, e portanto todos os Orixás estavam dependendo dele na terra. Para agradar o Marido, Iansã lança seus ventos fortes aos quatro cantos do mundo, estes ventos derrubaram a cabaça de Ossanha que estava pendurada em uma árvore, quando o Orixá viu aquilo acontecer saiu gritando: "Ewé O! Ewé O!" ('Oh! As folhas! Oh! As folhas!'), só que já era tarde demais, os Orixás pegaram o que foi possível e as repartiram entre sí. Este Orixá não possui uma das pernas, caminha com auxílio de muletas, quando se manifesta em algum filho, este dança normalmente em apenas em uma de suas pernas.

Itan de Osanyin

Osanyin recebera de Olodumare o segredo das folhas. Ele sabia que algumas delas traziam a calma ou o vigor. Outras, a sorte, a glória, as honras ou ainda, a miséria, as doenças e os acidente. Os outros orixás não tinham poder sobre nenhuma planta. Eles dependiam de Ossain para manter sua saúde ou para o sucesso de suas iniciativas.

Xangô, cujo temperamento é impaciente, guerreiro e impetuoso, irritado por esta desvantagem, usou de um ardil para tentar usurpar a Osanyin a propriedade das folhas. Falou dos planos à sua esposa Iansã, a senhora dos ventos. Explicou-lhe que, em certos dias, Osanyin pendurava, num galho de Iroko, uma cabaça contendo suas folhas mais poderosas. --Desencadeie uma tempestade bem forte num desses dias, disse-lhe Xangô. Iansã aceitou a missão com muito gosto.

O vento soprou a grandes rajadas, levando o telhado das casas, arrancando árvores, quebrando tudo por onde passava e, o fim desejado, soltando a cabaça do galho onde estava pendurada. A cabaça rolou para longe e todas as folhas voaram.

Os Orixás se apoderaram de todas. Cada um tornou-se dono de algumas delas, mas Osanyin permaneceu "senhor do segredo" de suas virtudes e das palavras que devem ser pronunciadas para provocar sua ação. E assim, continuou a reinar sobre as plantas como senhor absoluto. Graças ao poder (axé) que possui sobre elas.


Saudação: Eu! Eu!
Dia da Semana: Segunda-feira
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Verde Claro, branco e amarelo
Guia: 01 conta verde e 01 conta branca ou 01 amarelo e 01verde
Oferenda: Pipoca e 02 iapeté (batata inglesa esmagada com azeite-de-dendê, a qual se dá forma de porongo) um com casca e outro sem.
Qualidades:
Delé = mais novo – dizem que ele tem uma perna só, para algumas cultura ele vem acompanhado de um bara muito pequeno e dizem que este bara tem uam perna só que toma seu nome. (sua cor branco e verde 1 x 1)
Aroni = mais velho – forma enrrugado (sua cor verde)
Serebuá = quem guarda os segerdos mágicos das folhas, ele quem recebeu o encanto
Modum = velho feiticeiro, quem conhece e fala com as arvores e os antigos moradores encantados das matas mágicas.


Ferramentas: coqueiro, muleta, bisturi, cágado, moedas e búzios, sua ferramenta tem uma haste central com um pássaro na ponta, do meio dessa haste saem sete pontas.
Ave: Galo arrepiado ou de pescoço pelado ou galo branco
Quatro pé: Cabrito malhado claro.

Sapanà

A definição de Xapanã é dada por Pierre Verger no livro Orixás da Editora Corrupio: Xapanã nasceu em Empe, no território Tapa, também chamado, Nupe. Era um guerreiro terrível que, seguido de suas tropas, percorria o céu e os quatro cantos do mundo. Ele massacrava sem piedade aqueles que se opunham à sua passagem. Seus inimigos saíam dos combates mutilados ou morriam de peste."

Xapanã - É segundo alguns pesquisadores semelhante ou igual a Obaluaiyê ou Sakpatá; é o Orixá da varíola, e de todas as doenças de pele, tanto pode provocá-las quanto curar as enfermidades, é cultuado na maioria dos terreiros do Brasil sendo muito respeitado e temido por todos seguidores das Religiões Afro-brasileiras.

Costuma-se dizer que o nome Xapanã é tabu, preferindo-se referir-se a ele como Obaluaiyê ou Omolu, ainda que no Batuque do Rio Grande do Sul este nome seja pronunciado de maneira genérica.

Na Bahia Xapanã seria simplesmente uma das "qualidades" ou manifestações de Obaluaiyê, estreitamente ligado ao fogo e à sexualidade.

Um Itan de Xapanã

Assim, chegou Xapanã em território Mahi, no Daomé. A terra dos Mahis abrangia as cidades de Savalu e Dassa Zumê no Benim.

Quando souberam da chegada iminente de Xapanã, os habitantes desta região, apavorados, consultaram um adivinho. E assim ele falou:- "Ah! O Grande Guerreiro chegou de Empê! Aquele que se tornará o senhor do país! Aquele que tornará esta terra rica e próspera, chegou! Se o povo não o aceitar, ele o destruirá!

É necessário que supliquem a Xapanã que os poupe. Façam-lhe muitas oferendas; todas as que ele goste: inhame pilado, feijão, farinha de milho, azeite de dendê, picadinho de carne de bode e muita, muita pipoca!

Será necessário também que todos se prosternem diante dele, que o respeitem e o sirvam. Logo que o povo o reconheça como pai, Xapanã não o combaterá, mas protegerá a todos!"

Quando Xapanã chegou, conduziu seus ferozes guerreiros, os habitantes de Savalu e Dassa Zumê no Benim reverenciaram-no, encostando suas testas no chão, e saudaram-no:

"Totô hum! Totô hum! Atotô! Atotô!"

Respeito e Submissão!

Xapanã aceitou os presentes e as homenagens, dizendo: "Está bem! Eu os pouparei! Durante minhas viagens, desde Empê, minha terra natal, sempre encontrei desconfiança e hostilidade. Construam para mim um palácio. É aqui que viverei a partir de agora!"

Xapanã instalou-se assim entre os Mahis. O país prosperou e enriqueceu e o Grande Guerreiro não voltou mais a Empê, no território Tapá, também chamado Nupê.

Xapanã é considerado o deus da varíola e das doenças contagiosas. Ele tem também o poder de curar. As doenças contagiosas são, na realidade, punições aplicadas àqueles que o ofenderam ou conduziram-se mal. Seu verdadeiro nome é perigoso demais pronunciar. Por prudência, é preferível chamá-lo Obaluaiyê, o "Rei, Senhor da Terra" ou Omolu, o "Filho do Senhor".

Quando Xapanã instalou-se entre os Mahis recebeu, em uma nova terra, o nome de Sakpatá. Aí, também, era preferível chamá-lo Ainon, o "Senhor da Terra", ou, então, Jeholú, o "Senhor das pérolas".

O fato de ser chamado Jeholú e Ainon causou mal-entendidos entre Sakpatá e os reis do Daomé, pois eles também usavam estes títulos.

Enciumados, os Jeholú de Abomey expulsaram, várias vezes, Jeholú Ainon do Daomé e obrigaram-no a voltar momentaneamente, à terra dos Mahis.

Lenda
Nanã era considerada a deusa mais guerreira do Daomé. Um dia, ela foi conquistar o reino de Oxalá e se apaixonou por ele. Mas este não queria se envolver com outro Orixá que não fosse sua amada esposa Iemanjá. Por isso, explicou tudo a Nana, mas ela não se fez de rogada. Sabendo que Oxalá adora vinho de palma, embriagou-o. Ele ficou tão bêbado que se deixou seduzir por Nanã, que acabou ficando grávida. Mas, por ter transgredido uma lei da natureza, deu à luz um menino horrível; não suportando vê-lo, lançou-o no rio. A criatura foi mordida por caranguejos, ficando toda deformada; por sua terrível aparência, passou a viver longe dos outros orixás. De tempos em tempos os orixás se reuniam para uma festa. Todos dançavam, menos Xapanã, que ficava espreitando da porta, com vergonha de sua feiúra. Ogum percebeu o que acontecia e, com pena, resolveu ajuda-lo, trançando uma roupa de mariwo – uma espécie de fibra de palmeira – que lhe cobriu todo o corpo. Com esse traje ele voltou á festa e despertou a curiosidade de todos, que queriam saber quem era o Orixá misterioso. Iansã, a mais curiosa de todos, aproximou-se; nesse momento, formou-se um turbilhão e o vento levantou a palha, revelando um rapaz muito bonito. Desde então os dois Orixás vivem juntos e reinam sobre os mortos. Abao! Papai.

Este Orixá conhecido por sua fúria e vingança contra malfeitores e pessoas que tratam as coisas sem o devido respeito e honestidade, é muito respeitado em todas as Nações da África ao Brasil. Pertence a Xapanã todas as doenças materiais e espirituais, principalmente as doenças de pele, como varíola e a lepra, com estas normalmente castiga quem merece. Uma de suas missões no mundo material e espiritual, é varrer as coisas que não tem mais utilidade, por este e outros motivos, é um dos Orixás que responde junto com Xangô e Iansã pelos processos de desencarnação, pelos cemitérios, pela destruição e em defesa dos espíritos maléficos.

Saudação: Abao!
Dia da Semana: Quarta-feira
Número: 07, 09 e seus múltiplos
Cor: Vermelho e preto, roxo com preto ou lilas com branco
Guia: 1x1, 7x7 ou 9x9 dependendo da qualidade do orixá varia a cor.
Oferenda: Pipoca, feijão cozido ou torrado, amendoim e milho torrado
Qualidade:
Xapanã jubeteí ou Jagun Agbagba = ligação com Oyá (cor preto e vermelho 1 x 1)
Barun Soponna/Sapata/Sakpatá = o feiticeiro entre os xapanas é o mais novo (preto e vermelho 9 x 9)
Savalu/Sapekó (ligação com Nana) = muito raro, esta dividnade praticamente não se vê nos templos (roxo)
Gama ou Arinwarun (wariwaru) = título de xapanan (lilás e branco 1 x1)
xapanã Jubeteió ou Arawe/Arapaná = ligação com oyá mais velho(lilás com branco 1 x 1)
Azoani = ligação com Yemanjá e Oyá (preto com vermelho 1 x 1)


Ferramentas: Xaxará, vassoura, cachimbo, revolver (todas armas de fogo), favas, moedas e búzios.
Ave: Galo Carijó preto e branco
Quatro pé: Cabrito Branco


Sakpata - é a denominação fon do Vodum do panteão da terra. É o grande Ayi-vodun dos Ewe-fon, por isso intitulado Ayinon (o dono da terra). Considerado filho mais velho de Mawu ele é enfim, o Rei do Mundo, originariamente vodun senhor da varíola e, por extensão, de inúmeras enfermidades contagiosas que deformam o corpo. Todo o povo fon o teme enormemente e o cultua fervorosamente e possui uma grande quantidade de representações, cada uma sendo um aspecto de doenças e infecções.

A tradição aponta a origem do culto de Sakpatá na localidade de Kpeyin Vedji, um enclave iorubá dentro do território mahi a noroeste de Abomei. Desta dupla procedência permanece a curiosidade de que Sakpatá é considerado uma divindade iorubá ("nagô") pelos fon e gun ("jêje") pelos iorubás.

Kohossú, cujo nome significa "Rei da Lama" é o pai de todos os Sakpatás;
Nyohwe Ananú, dona da água parada que mata de repente é a mãe, e são ambos filhos de Nà Buùku.
Da Zodji, envia a disenteria e os vômitos, considerado o mais velho de todos. Ele não tem braços ou pernas e é carregado numa padiola, mas tem o poder da invisibilidade e, apesar do defeito físico, comanda todos os Sakpatás.
Da Langan come a carne das pessoas ainda vivas.
Da Sinji traz as inchações e tromboses.
Aglossuntó é responsável pelas feridas e chagas que nunca cicatrizam.
Adohwan castiga perfurando os intestinos.
Avimadjé é o que leva as almas dos que morreram punidos por Sakpatá.
Bossu-Zohon é o grande feiticeiro.
Alogbê possui cinco braços e é ligado aos tohossú
Adan Tanyi é filho de Da Zodji, e traz a lepra.
Suvinengué um abutre com cabeça humana e é filho de Da Langan.

Existem várias outras denominações: Agbologbodji, Tonekpó, Gbazu, Ahossú Ganhwa, Kpadadadaligbo (que é fêmea) etc., cujos nomes, atribuições e lugar dentro da "família" varia de região para região.

Uma outra tradição conta que Sakpatá é uma divindade dupla, tanto macho como fêmea. O macho sendo Da Zodji e a fêmea sua irmã Nyohwe Ananu, gêmeos nascidos do primeiro parto da entidade andrógina Mawu-Lissá.

Sakpatá é cultuado em seus templos sob um aspecto duplo. Possui o aspecto Jeholú ("Rei das Jóias", que seriam as pústulas trazidas pela varíola) que é tratado internamente e não recebe sacrifícios de sangue diretamente, mas é lustrado com uma mistura de sangue e azeite de dendê e envolto por panos. O aspecto Zun-holú ("Rei da Floresta") fica do lado de fora, recebe os sacrifícios de sangue diretamente sobre ele e é coberto por rodilhas de ramos secos da palmeira de ráfia (Raffia vinifera) palha-da-costa, e é um montículo que pode ser mais alto do que um homem. Os sacerdotes e fiéis o tratam como um ente vivo, o reverenciam, abraçam, etc. Zun-holú de tamanhos mais modestos podem ser vistos diante dos hunkpame de outros voduns, sobretudo nos de Heviossô.

A iniciação de Sakpatá entre os fon consiste em duas partes. Na primeira e mais longa, os neófitos permanecem no hunkpame vários meses submetendo-se a disciplina rígida de silêncios, jejuns, aprendizagem de cânticos e danças rituais e nesta eles são chamados de agamassi. No final desta fase, as famílias juntam dinheiro para realizar um grande ritual, no qual os neofitos morrem simbolicamente e ficam escondidos por três dias dos olhos de todos, e depois são trazidos para fora enrolados em mortalhas e são publicamente "ressucitados" pelo Aklunon (ministro do culto). A partir daí eles recebem seus nomes de iniciação e passam a ser chamados de anagonu, por causa da acreditada origem nagô do vodun; ou "Azonsi", que em francês se escreve azonsu.

No antigo Reino do Daomé, o culto de Sakpatá era olhado com suspeita, às vezes banido (e o foi, definitivamente, de Abomei). Uma vodunsi de Sakpatá não pode ser dada como esposa para o rei, e havia sempre a suspeita maior de que seus sacerdotes espalhavam deliberadamente a doença para aumentar seu poder. Mas outra questão importante neste caso é o fato de que Sakpatá abertamente desafia o poder real portando os títulos de Ayinon e Jeholú, que são títulos que o rei também possui.